16/04/2010

texto de um aluno que gosta de escrever



Soldado que vaga pelo campo de batalha sem destino aparente. Solitário como um lobo. Este que outrora era venerado pelos seus companheiros de guerra, foi acometido pelo medo de tentar e errar, de modo involuntário. Uma batalha não se vence sozinho, o soldado já sabia disso, mas era tarde demais.
Os dilemas morais levaram sua glória embora. Mas sua honra estava intacta em algum lugar de seu inconsciente que, de claro e limpo, tornou-se obscuro e imprevisível se assemelhando a uma tempestade em alto mar.
De que adianta ter medalhas de honra ao mérito por ter servido a nação se não há paz em sua própria consciência, que nunca o fez esquecer de seus companheiros. Imortalizadas dentro da mente do bravo soldado, as lembranças motivaram uma busca sem fim por redenção, redenção que talvez possa acalmá-lo, mas de forma alguma o fará reparar seus erros.
Vagando rumo ao infinito, o soldado prossegue e só irá parar quando encontrar uma forma de se reinventar.


Guilherme Moreira
16 anos